quinta-feira, 17 de março de 2011

Cocada com gosto de reconciliação

Por Elben César (extraído do site da Ultimato em 17/03/2011, as 18h44 - http://ultimato.com.br/sites/blogdaultimato/2011/03/11/cocada-com-gosto-de-reconciliacao/

Mamãe e papai, embora servos do Senhor, tinham algumas desavenças. Lembro-me de uma briga feia entre os dois, quando ainda éramos crianças. A discórdia foi tão grande que papai pegou a mala e se dirigiu para a estação ferroviária. Parece-me que ele pretendia tomar o trem para o Rio. Ficamos horrorizados, olhando um para o outro, em silêncio total.

Aparentemente, era a desintegração do lar — o que ninguém queria, nem suportaria. Não sei quanto tempo passou. O fato é que papai não tomou o trem e voltou para casa com aquela mala e um pequeno embrulho. Lá estavam cinco laços de coco — aquele doce de coco em forma de pétalas: um para cada um dos filhos, um para mamãe e outro para ele!

Se o pão simboliza o corpo de Jesus e o vinho o seu precioso sangue, o laço de coco, para mim, significa a vitória do amor sobre o ódio, do bom senso sobre a ação intempestiva, do Espírito sobre a carne. Na minha memória, “laços de coco” têm gosto de reconciliação.

Conto esta história a propósito da nossa alegria em lançar o livro Amar Outra Vez, que incentiva a amar novamente o mesmo cônjuge.